sábado, 2 de junho de 2012

não acredito no que vejo


man!
todos nós temos um lado bipolar além do lado que escolhemos para estar.
acreditamos no que intuimos, sabemos que é crença e quando confirmamos ficamos contentes porque crença não é verdade e quando se confirma, deixa de ser crença e podemos arranjar uma nova e a vida continua...
chato, chato mesmo, é quando impomos aos outros as nossas crendices.
no caso, a austeridade, que é o caminho para a salvação.
anda o pessoal todo a austeritar para nada e insiste-se na coisa porque é uma fé.
até Cristo para ser CEO da SGPS familiar teve de sofrer.
é uma grande virtude a crença na virtude do sofrimento e da contenção, assim a modos que o sexo tântrico.
o que é o mesmo que dizer que estamos a ser fodidos em lume brando.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Isto é tudo muito triste.


O ministro Mota Soares, o tal que corta em tudo o que é apoio social do Estado, desde que implique um mínimo de dignidade aos cidadãos carenciados, que os trata como delinquentes e os obriga em muitos casos a apresentar um certificado de indigência para poderem receber aquilo a que têm direito, com a justificação de ser necessário um plano de poupança/miséria, dá com uma mão o que tira com a outra, mas dá sob a forma de esmola, não basta a pobreza, é necessária a humilhação da mão estendida.
Passamos assim de um estado social a um estado esmoler, mandam-se pessoas para o desemprego, fecham-se centros de saúde, congelam-se as pensões, reduz-se a pó a segurança social para dar alento aos fundos de reforma privados, cria-se uma multidão de mendigos e a resposta é: abrir cantinas sociais para suprir as carências alimentares dos mais necessitados.
Nada de surpreendente num país em que a Assembleia da República disponibiliza as sobras dos seus restaurantes aos mais pobrezinhos.
O mesmo país em que a classe média se vê atolada em dívidas e penhoras, enquanto os corruptos e os ladrões armani, vão sendo absolvidos pelos convenientes tribunais, ou se eclipsam para paragens tropicais a gozar o produto do saque.
Voltamos ao país da caridadezinha, da mais absoluta hipocrisia, voltamos à época do caruncho, do movimento nacional feminino, da união nacional.
Vivemos acabrunhados, envergonhados pela nossa falta de coragem, por deixarmos que a mediocridade continue no poder, voltamos ao portugal dos pequenitos, às fitas a preto e branco,à reguada do mestre escola.
Somos mesmo um país de cavacos, pequenino e bacoco.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

o governo é justo nós é que somos uns mal intencionados


hoje inúmeros emigrantes portugueses, espalhados por esse mundo fora, ao comerem os seus pasteis de nata devem ter passado os olhos pela imprensa nacional, profusamente espalhada por qualquer quiosque desde Anchorage a Irkutsk e visto o afã com que o governo português trabalha para melhorar a nossa imagem neste mundo global.
tirando o xarivari das reformas antecipadas insustentáveis de segunda feira, que passaram a ser o mal menor desta quinta e que releva o esmero das contas feitas por tão abençoadas cabeças, saltou à vista a campanha de moralização levada a cabo pelo insigne ministro mota soares no que ao RSI  diz respeito. agora as regras mudaram, já não há forma desses incuráveis preguiçosos desviarem dinheiro do bolso dos contribuintes, com o regabofe dos cento e tal euros por mês. A partir de agora os popós, os barcos, as férias nas maldivas, as latas de atum e os ovos classe C, passarão a ser contabilizados, não apenas pelo titular, mas por todo o agregado, periquito  incluído. acabou-se a mama, claro que os mais mal intencionados poderão sempre perguntar acerca do BPN e das PPP e da EDP e dos bancos e das seguradoras, mas não têm hipótese estão aqui os dados do Pordata para o provar!  quinhentos e dezanove milhões novecentos e oito euros e setenta cêntimos gastos em 2010 com esses abusadores. uma percentagem demolidora que em muito contribui para os números deficitários do PIB.
só gastam os malandros! ainda bem que o sector financeiro e de seguros está de boa saúde, pelo menos segundo os dados também do Pordata, como se pode constatar por este gráfico.
se não fossem os bancos a produzir o que seria de nós?